A (im)possível perda do objeto perdido : o negativo entre a depressão e a depressividade

Olá, minha tese de doutorado sobre a depressão já se encontra disponível para visualização no Repositório Institucional da Universidade de Brasília.

Confira:

http://repositorio.unb.br/handle/10482/34347

Link para download em pdf:

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/34347/1/2018_Greg%c3%b3riodeSordiGreg%c3%b3rio.pdf


Resumo:

Nossa tese se inicia questionando a contribuição dos ideais hipermodernos no surgimento e na manutenção dos sintomas depressivos. Sustentamos que ao deslegitimar o lugar dos estados de tristeza, esses ideais estão em desacordo com a vivência da depressividade e do trabalho do luto necessário às transformações da vida. Em seguida, desenvolvemos o conceito de depressão em seus aspectos psicodinâmicos, retomando principalmente as contribuições de Freud, Klein, Winnicott e Green. Nessa delimitação, sustentamos que o sujeito depressivo busca preservar o impreservável por meio de uma demissão subjetiva. Sua problemática está relacionada em suas causas pela impossibilidade de perda do ideal do objeto que subsiste em negativo, preenchendo de forma positiva o lugar da falta e instaurando um vazio que é o oposto da ausência. Enquanto a ausência é uma categoria intermediária da experiência entre a presença e a perda que coloca o sujeito em movimento, o vazio impõe a imobilidade afetiva e representacional. A impossibilidade da perda do objeto perdido (mas nunca efetivamente perdido) impede esses sujeitos de se colocarem no movimento e na transformação necessários à vivência do novo. Como estratégia metodológica de investigação, foram realizados quatro estudos de caso que evidenciaram importantes contribuições ao diagnóstico e tratamento dos sujeitos depressivos como o enquadre, mantenedor de uma função de holding, e o divã, lugar do objeto que falta. Concluímos que a análise permite remediar as falhas do objeto; reativar e favorecer os processos de luto; retomar a elaboração das posições esquizo-paranoide e depressiva; vivenciar a depressividade; e, finalmente, desenvolver, no analisando, uma confiança madura nas suas relações objetais.

Referência:

GREGÓRIO, Gregório de Sordi. A (im) possível perda do objeto perdido: o negativo entre a depressão e a depressividade. 2018. 163 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

Gregório De Sordi

Psicólogo, CRP 01/16979, mestre e doutor em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília. Foi professor e coordenador do curso de psicologia da UNICEPLAC. É editor associado da revista "Psicologia: Teoria e Pesquisa" (Qualis A1). Tem experiência profissional na área de saúde mental, psicanálise, psicologia clínica e avaliação psicológica. Atende, com enfoque psicanalítico, adolescentes e adultos em consultório particular localizado em Brasília-DF e atendimentos virtuais. Telefone: (61) 999425123

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